Eleições legislativas de 4 de Outubro de 2015
Esta campanha eleitoral que ocorre num período muito difícil para Portugal e cujas perspectivas futuras se afiguram muito problemáticas, tem estado a decorrer num nível não correspondente à situação.
O País encontra-se, basicamente, pela informação que nos é disponibilizada, numa situação que se caracteriza, entre outros, pelos seguintes aspetos:
- dívida pública cerca de 130% do P.I.B. e ultrapassando os 200.000 milhões de euros.
- as receitas do Estado são insuficientes para cobrir as despesas respectivas, ou seja, faltam cerca de 5000 milhões de euros para que haja equilíbrio entre receitas e despesas, usando os dados do orçamento de 2015.
- as despesas com pessoal e as prestações sociais a cargo do Estado consomem cerca de 63% do total da despesa.
- a atual atividade económica da qual resulta o valor atual do P.I.B. é insuficiente e é donde vêm, fundamentalmente, as receitas, para o Estado. O desemprego é ainda muito elevado.
- na atual legislatura que agora finda é indubitável que cresceu a credibilidade internacional do País e um certo nível de confiança interna, mas a situação social global e sobretudo o nível de pobreza são muito preocupantes.
- este quadro global não se apresenta fácil e levará, ainda, muitos anos a evoluir para uma situação económica e social saudável e ao nível europeu.
Nos últimos anos diversas personalidades, reconhecidas e respeitadas, de várias áreas políticas, manifestaram publicamente a sua discordância pelo rumo que foi seguido nos últimos quatro anos, ou seja nesta legislatura, advogando que seria possível seguir políticas alternativas e com menores custos sociais e menos desemprego, embora reconheçam que a margem de manobra não é extensa.
A realidade é que esta campanha eleitoral e o seu período preparatório não revelaram a vontade de formação de um movimento político, suficientemente forte, competente, transparente, credível, abrangente, com autoridade e democrático para se submeter ao sufrágio popular, como alternativa à atual coligação que nos governa desde 2011.
Pedro Lagido tem 77 anos e vive no bairro há 30. Trabalhou como engenheiro químico e esteve na Assembleia Constituinte. Quer viver plenamente e dar um contributo da sua experiência pessoal e profissional aos filhos e netos e a quem mais possa ser útil.
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