
Jovens investigadores lançam inquérito para estudar Telheiras
São jovens e investigadores. De países diferentes mas com um objectivo comum: conhecer e estudar Telheiras. Veronika Strelcova e Filipe Matos contam, para isso, com a sua ajuda. Pedem-lhe 15 minutos para responder a um questionário sobre o bairro. É fácil, simples e muito importante. Pode fazê-lo aqui.
Estudar Telheiras
Veronika é investigadora do Instituto de Políticas Públicas da Universidade de Comenius na Eslováquia e está em Portugal desde Setembro. Estuda processos sociais e políticos e procura conhecer “as melhores dinâmicas comunitárias para poder aplicá-las”.
Depois de analisar comunidades em Bratislava e Oslo, escolheu Telheiras como caso de estudo. E garante que o que mais a surpreendeu foi o grande sentido comunitário que se vive. “Aqui as pessoas identificam-se muito com o bairro, e isso faz com que Telheiras cresça”.
Já Filipe Matos, desde sempre a viver no bairro, é investigador do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e no âmbito do doutoramento quer compreender como é que “as organizações, a sociedade civil e o poder público se relacionam” e conhecer “que tipos de inovação social estão associados a essas relações”. Explica que por inovação social se entende “as alterações nas relações de poder que permitem transformações sociais, que permitem caminhar para uma sociedade mais justa e equilibrada”.
Filipe, que pertence aos órgãos sociais da Associação Viver Telheiras, garante que a Parceria Local de Telheiras lhe permite assistir a esta experiência em tempo real.
Conhecer para dar resposta
Veronika e Filipe querem conhecer melhor Telheiras. Para isso, estão a recolher respostas a um inquérito destinado a quem vive, viveu ou frequenta Telheiras.
O objectivo é identificar os interesses e necessidades dos cidadãos que habitam ou frequentam Telheiras e compreender o potencial desta comunidade em termos de inovação social e desenvolvimento comunitário.
Filipe explica que “os resultados vão servir para que os representantes da freguesia, da câmara municipal e das organizações locais possam propor respostas às necessidades e opiniões das pessoas”.
Para além de estar disponível online, o inquérito há-de chegar a casa de alguns telheirenses de forma presencial. O porta-a-porta “é uma forma de chegar a pessoas que de outra maneira nunca responderiam ao inquérito porque não saem de casa ou não frequentam as instituições locais”, conta Veronika.
O inquérito, lançado há pouco mais de uma semana, pretende ser uma ferramenta para sondagem da população. Mas o objectivo é ir mais longe. A Associação Viver Telheiras pretende criar um sistema de monitorização que permita, anualmente, recolher informações acerca do bairro.
Depois de ter sido divulgado pela Parceria Local de Telheiras, responderam a este inquérito até hoje mais de 150 pessoas. “É uma prova de que este tipo de rede facilita de facto a vida comunitária”, garante Filipe.
Mas o objectivo é chegar a ainda mais pessoas. Para que isso aconteça, a sua ajuda é preciosa. Pode responder ao inquérito aqui. E se possível, divulgá-lo entre amigos, familiares e conhecidos.