Terreno em Telheiras tem novo projecto de urbanização
Segundo informação enviada ao Viver Telheiras pela Associação Ambiental PACATA - Parque Carnide-Telheiras, teve lugar no passado dia 1 de Junho, na sequência de um pedido de audiência que a PACATA fez à Vereadora do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, uma reunião onde estiveram presentes a Secretária de Estado da Habitação (SEH), a Vereadora do Urbanismo da CML, um vogal da Direção do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana), os Presidentes das Juntas de Freguesia do Lumiar e de Carnide, e representantes das associações de moradores locais (Associação de Residentes de Telheiras, Quinta da Luz, Quinta dos Inglesinhos e PACATA).
De acordo com a informação recebida, a SEH explicou que a reunião teve como propósito “comunicar às associações de moradores que a capacidade construtiva prevista no PDM de Lisboa para o terreno Maria Droste seria utilizada num empreendimento de habitação a custos controlados“. A intenção do Governo não seria atingir o limite da capacidade construtiva, como acontecia com o anterior projecto de loteamento de 2014, mas consensualizar com os residentes uma dimensão que represente um equilíbrio entre as legítimas preocupações destes e a satisfação da necessidade de habitação acessível em Lisboa.
Diz-nos a PACATA que “os representantes das associações sublinharam os graves inconvenientes do projecto agora anunciado, que não se distingue no essencial do que foi apresentado em 2014″. Foi referido, em particular, o facto de a Segunda Circular “constituir um gravíssimo foco de ruído e de poluição atmosférica, assim como o congestionamento acrescido que o empreendimento provocaria em vias já hoje saturadas”. Mereceu ainda censura a “destruição do derradeiro espaço verde que subsiste num bairro já densamente betonizado e carecido de equipamentos públicos”.
A PACATA acrescentou ainda que “qualquer que seja o modo como se apresente o assunto, a realidade é que, com a execução deste projecto, os moradores vão ficar pior do que estão hoje” e que “não faz qualquer sentido insistir no erro de concretizar para o terreno Maria Droste uma aptidão construtiva desmesurada que nunca devia ter sido incluída no PDM, em vez de proceder à sua requalificação como espaço de fruição colectiva”. Outros dos pontos levantados pelas associações presentes é de que “não há qualquer necessidade de afectar esse espaço à construção de habitação a custos controlados quando existem suficientes terrenos públicos com aptidão construtiva nas freguesias de Carnide e do Lumiar”.
Aguardam-se neste momento os próximos desenvolvimentos deste processo, dos quais daremos notícias assim que existam.