Universitários visitam Parque Hortícola
Sob a ameaça de chuva, o Parque Hortícola de Telheiras recebeu ontem a visita de dois grupos de universitários do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) da Universidade de Lisboa.
A ideia era ir ao terreno e ouvir sobre o surgimento das hortas urbanas, o enquadramento pelos planos municipais, as questões sociais.
“Como é que nós podemos arranjar aqui uma hortinha?”. Não podiam. A pergunta serviu de mote para que Anabela, a hortelã a fazer as honras da casa do grupo da manhã, explicasse todo o processo: o nascimento do Parque, a atribuição de talhões, as regras de funcionamento.
Mas a conversa não ficou por aí. Falou-se de Ribeiro Telles e da cidade que não se deve separar do campo, da falta de planeamento e da moda das hortas urbanas, do equilíbrio e bem-estar da pessoa que cultiva, da importância de mexer na terra e da experiência pessoal de ter uma horta na cidade.
Atentos, interessados e sorridentes estes alunos do primeiro ano do curso de Planeamento e Gestão do Território quiseram ver e saber mais. “Aquilo são beldroegas. Dão uma bela sopa”.
Maria João explicava, enquanto colhia tomates, que agora chega a altura das culturas de Inverno: alho, favas, ervilhas. E claro, da couve para o Natal. A hortelã Anabela, a sorrir, contava da tarefa de fornecer couves para a ceia da família.
A dose repetiu-se à tarde. Desta vez foram alunos do curso de Geografia a descobrir as maravilhas da horta. Depois da contextualização histórica guiada por Luís Pereira do Centro de Convergência de Telheiras, os estudantes foram levados pelo hortelão António Boucinha numa viagem pelas diferentes espécies de frutas e legumes que ali, no meio da cidade, teimam em crescer.
(carregar na imagem para aumentar)