Hortas em Telheiras!
Um sonho concretizado que levou 20 anos! De 1993-1994 a 2013! Desde que o arquitecto de boas visões e excelentes jardins – Gonçalo Ribeiro Telles – cá veio e que semeou essa verde ideia que logo contou com 70 inscritos para um bocado terreno! A Direcção da ART abraçou a ideia e a Ana Contumélias foi um dos seus impulsionadores. Na campanha eleitoral de 1997 foi tema de promessas: em sessão promovida pela ART na escola da rua Mario Chicó, o vereador dos espaços verdes Rui Godinho prometeu hortas pedagógicas onde a EPUL queria plantar um prédio de 8 andares – o mesmo local onde elas estão hoje. A seu lado o então presidente João Soares comenta em surdina: “grande aposta!”. Logo de imediato o Metro avança com as obras e abre a estação (2001), não mais adiante como uma distância plausível entre paragens recomendaria (no mínimo mil metros), mas precisamente no espaço público em que está hoje, no que deveria ser mais jardim! Lembremos que o que ali temos não é realmente um jardim mas sim um “envasamento”: por baixo é a estação, é construção, é oco, não é terra! Arranjada a praça central, o prédio continua previsto até quando?, apesar da contestação da ART para a sua retirada do plano urbanístico PDM. Mas as hortas chegaram, finalmente! Por quantos anos? Só o tempo o dirá mas que sejam por muitas e boas colheitas!
Guilherme Pereira
Uma retrospectiva pessoal do que se ganhou e perdeu em Telheiras, para além de sermos felizes por aqui vivermos e de estarmos bem como vizinhos!
Imagem: vídeo de apresentação da Associação de Residentes de Telheiras, Outubro de 1998. Retirado de “Uma Aldeia na Cidade”, de Mário Contumélias.
