Viver Telheiras

Crise financeira, económica e social actual. Oportunidades.

Problemas e Oportunidades / Junho 8, 2013

A crise que o País atravessa, actualmente, tem sido descrita abundantemente, nos meios de comunicação social, pelos mais variados comentadores e dos mais diversos pontos de vista. A reflexão que aqui apresento, integra muito do que tem sido dito a que acrescento a minha experiência pessoal. Estou consciente que dada a complexidade da situação e o profundo conhecimento da realidade que é preciso ter em mente, ninguém tem, em si próprio, a capacidade para resolver os problemas presentes que se nos apresentam.

Em primeiro lugar, quero exprimir o meu espanto, como tantos erros, e previsões de enormes riscos, foram decididos e implementados por pessoas altamente preparadas, academicamente, profissionalmente e politicamente, dos quais resultaram sofrimentos de elevado grau a tantas pessoas e ferido alicerces sociais fortemente estabelecidos há muitos anos neste País. Como tudo isto passou ao lado do sistema democrático!

Tendo começado a minha vida profissional e de intervenção cívica na década de 1960, posso dizer que o progresso económico, político e social é enorme. A conclusão mais evidente que se pode tirar da presente crise é que nos últimos anos não se fez progredir o sistema económico de modo a dar sustentabilidade ao modelo do Estado Social com todas as suas vertentes que se foi criando depois de 1974.

A presente crise pode e deve ser ocasião de aproveitar oportunidades:

  1. Devem convocar-se todas as personalidades mais competentes do País, em todas as áreas do pensamento e da actividade, para elaborar um plano estratégico do País, tendo em vista as nossas limitações e potencialidades e submeter à aprovação pública.
  2. Controlados o deficit do Estado e a dívida pública, deve o crédito ser transformado em alavanca do desenvolvimento económico e social equilibrados, dando prioridade ao investimento produtivo, criador de emprego e com melhor aproveitamento dos recursos nacionais, em detrimento do crédito ao consumo.
  3. A agricultura, a pesca e tudo o que se relaciona com as atividades marítimas devem ser considerados sectores estratégicos e lançados projectos credíveis e sustentáveis.
  4. No Estado e dum modo geral nas autarquias e no País deve ser lançado um forte plano de combate ao desperdício e de economia de energia.
  5. Deve ser lançada uma “guerra” às actividades “parasitárias” do Estado que nada acrescentam e só representam encargos.
  6. Devem ser consideradas áreas prioritárias a inovação, o emprego qualificado jovem, a qualificação profissional, a cultura em todas as suas vertentes, a solidariedade social.

Pedro Lagido

 

Pedro Lagido tem 76 anos e vive no bairro há 30 anos, desde 1 de Julho de 1983. Está mais activamente ligado à ART desde 2002, quando se reformou após uma vida profissional de 40 anos, grande parte dela fora de Lisboa. Esteve quase 3 anos no serviço Militar. Trabalhou como engenheiro químico em várias indústrias e esteve na Assembleia Constituinte, como deputado pelo distrito de Leiria, onde foi, também, membro da Assembleia Municipal de Leiria. A sua motivação é viver plenamente estes anos, participar e dar um contributo da sua experiência pessoal e profissional, não só aos seus filhos e netos, mas a quem mais possa ser útil, e ser um cidadão interessado e participativo na vida da “polis”. A temática que escolheu, ” Problemas e Oportunidades”, tem a ver com os tempos que estamos a viver e corresponde à experiência da civilização, da ciência, da cultura, da indústria,etc. em que, a seguir a um problema, surgem sempre oportunidades novas. Tem em mente publicar, de 15 em 15 dias, sobre alguns temas como: Terceira Idade; Crise e Oportunidades; A energia; Transportes de futuro; Liderança e Iniciativa ; Novos Modelos de economia, etc.

Problemas e Oportunidades / Junho 8, 2013

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