Viver Telheiras

PACATA garante não desistir de travar urbanização do terreno Maria Droste

/ Julho 3, 2015

Os moradores da zona envolvente dos terrenos Maria Droste garantem que vão usar todos os instrumentos jurídicos disponíveis para travar o projecto de loteamento previsto que dizem ser de “péssima qualidade urbanística” e que “lesa gravemente os interesses das pessoas”.

Em causa está o projecto apresentado pela Estamo à Câmara Municipal de Lisboa (CML) que prevê a construção de 12 lotes para habitação, serviços e comércio e um parque urbano.

Em entrevista ao Viver Telheiras, Luís Fábrica, presidente da PACATA, a associação ambiental recentemente criada com o intuito de travar a aprovação do loteamento, admite que “o caminho é longo” mas garante que os moradores não vão desistir de travar um projecto “cuja única explicação racional são os interesses financeiros”.

No passado dia 23 de Junho, o assunto chegou à Assembleia Municipal através de uma petição lançada pela PACATA e subscrita por 700 pessoas, onde se exigia a preservação do terreno para a “construção de um digno parque ambiental, que sirva Lisboa e especialmente os munícipes das freguesias de São Domingos de Benfica, Carnide e Telheiras-Lumiar, em compensação pela já densa área aí construída”. A Assembleia fez aprovar duas recomendações à Câmara, uma das quais pede que se “pondere a possibilidade da eventual permuta de terrenos, como referida pelo executivo camarário, salvaguardando a biodiversidade e o património ecológico municipal”.

Agora, o presidente da Associação acusa a CML de ter recuado em relação à proposta de permuta apresentada pelo próprio António Costa aquando da consulta pública do projecto. “A solução que foi inicialmente avançada pela CML foi agora rejeitada pela própria CML”, explica.

Numa zona “altamente betonizada” como Telheiras, o presidente da PACATA garante que este é “o passo derradeiro para estragar definitivamente o que já está estragado” e afirma-se “extremamente” preocupado com o congestionamento de trânsito na Rua Fernando Namora e na Rua Padre Américo. “Vamos ter filas de trânsito à saída da garagem”, lamenta.

Luís Fábrica acusa ainda a Estamo e a CML de criarem uma manobra de distracção com a promoção do parque urbano previsto para a zona do terreno encostada à 2ª circular. “Tudo isto nos parece uma coisa pouco séria, uma forma de convencer as pessoas a não se manifestarem contra aquilo que é um atentado gravíssimo de natureza ambiental e que lesa gravemente a sua qualidade de vida, prometendo-lhes um parque cujos contornos nos parecem absolutamente inacreditáveis”, explica.

O presidente da Associação garante no entanto que a PACATA não é inflexível e que está disposta a encontrar outra solução que preserve o interesse dos moradores: “Nós temos muitas dúvidas de que se possa encontrar uma solução minimamente aceitável mas estamos nisto de boa fé e perfeitamente prontos para colaborar numa solução que nos pareça razoável”.

Para a PACATA, o cenário ideal seria a criação de um parque urbano público. “São seis hectares preciosos, os últimos que restam em Telheiras. A CML devia fazer todos os esforços para fazer daquilo um espaço verde de fruição aberta a todos os moradores”, apela Luís Fábrica.

Agora segue-se uma série de reuniões tripartidas que juntarão CML, Estamo e PACATA para se chegar a um entendimento entre as partes.

Apelando à mobilização de todos os moradores de Telheiras, Luís Fábrica garante que “este é o pior dos projectos para o pior dos sítios” e diz que a luta é para quem tenha “alguma paciência e algum espírito de persistência e combatividade”.

/ Julho 3, 2015
  • Milhomens

    Isto é indigno de uma democracia. Como é indigno o que a Câmara Municipal de Lisboa está a fazer no terreno que está prometido para a futura igreja de Telheiras onde pretende fazer oito hortas. Note-se que existe um contrato assinado entre a CML e o Patriarcado.
    O mais lamentável em ambos os casos é que o interesse todo um bairro ser posto em causa para beneficio pessoal de apenas alguns.
    O bairro de Telheiras, é de toda a cidade de Lisboa, o que menos equipamentos públicos tem e portanto necessita tanto deste espaço de laser como que a sua
    paróquia possa exercer dignamente as suas funções educativas, sociais e
    caritativas que tanta falta nos fazem.

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