
Telheiras ART FEST traz música (e não só) à Biblioteca durante 3 dias
De 14 a 16 de Fevereiro o auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro (BMOR) recebe a primeira edição do Telheiras Art Fest, um evento que pretende trazer ao palco novos nomes da música portuguesa, do jazz nacional e da música do mundo.
A abrir o festival no dia 14 estará Sara Alhinho, cantora nascida em Portugal, filha de mãe Cabo-verdiana e pai Mexicano, mas com uma forte vivência em Cabo Verde. O seu percurso pessoal e artístico faz de Sara Alhinho uma artista com uma identidade musical genuína e ecléctica. Na BMOR estarão em foco obras do seu segundo trabalho discográfico, intitulado “Ton di Petu”.
No segundo dia do evento, 15 de Fevereiro, sobem ao palco Daniel Neto e Rita Maria, dois dos mais conceituados músicos jovens do panorama jazzístico nacional, para um concerto interactivo em que o público é que escolhe o que quer ouvir. A votação para a definição das músicas que serão tocadas já está a decorrer. Pode dar a sua opinião AQUI.
A encerrar a primeira edição deste festival, no dia 16 de Fevereiro, a BMOR recebe o grupo de música do mundo Khayalan, que convida o público a embarcar numa viagem de sons, sensações e emoções, reminiscentes de culturas ancestrais que moldaram a nossa sociedade moderna. Ao mesmo tempo, apresenta uma perspectiva contemporânea da música do mundo e das suas intermináveis possibilidades.
Os concertos têm todos início às 21:30 e um custo de entrada de 5€. Mas não é só de música que é feito o Telheiras ART FEST. No foyer do auditório estará patente a exposição “Ghulam – Slave Soldier”, da autoria da pintora e ilustradora Khairun Cabrita, e uma banca de venda de vinil.

O evento é promovido pela Junta de Freguesia do Lumiar, em parceria com a “In Place of War” e a “Yobac”, duas associações ligadas ao desenvolvimento cultural de zonas flageladas no mundo. A ideia deste festival surgiu da identificação de um défice de oferta cultural em várias zonas da cidade de Lisboa, por parte de vários promotores artísticos, uma vez que, segundo os promotores, “a maior parte da actividade cultural da cidade se encontra condensada na zona ribeirinha da cidade”. Segundo Carlos Parada, um dos promotores do evento, pretende-se numa primeira fase “promover a relação interpessoal de uma forma mais presente, através da diversidade da oferta, primando pela diferença na área musical”. O objectivo é sempre “oferecer qualidade e diferença, com a envolvência da comunidade local, passando por actividades culturais, envolvendo projectos locais e tornando a biblioteca municipal num espaço de eleição dos moradores do bairro de Telheiras”. A pintura terá presença assídua e a literatura infantil e a sensibilização às boas práticas ecológicas estão também contempladas, num futuro próximo.
A escolha do nosso bairro com palco para este ART FEST deveu-se a vários factores, entre os quais “a densidade populacional, a população jovem e a localização”. Para além disso, existe a já referida vontade de descentralizar a cultura na cidade de Lisboa levando sempre que possível “projectos inovadores e fora dos parâmetros mais convencionais a novos públicos”. A segunda edição do Telheiras ART FEST está planeada para os dias 7, 8 e 9 de Março e prevê-se que o no futuro este evento tenha 6 edições por ano – Fevereiro, Março e Abril, e Setembro, Outubro e Novembro – sempre com artistas de música portuguesa, jazz e música do mundo.